domingo, 22 de fevereiro de 2015

Poupar na alimentação


Depois de ler no blog da Ariana que este tema preocupava muita gente, decidi também eu falar um pouco da minha experiência...


A alimentação traz gastos inevitáveis a todas as famílias (ou pessoas a solo). Para já, não vou falar de como aproveitar promoções no supermercado, vou falar antes de hábitos.

Como o meu agregado familiar é constituído apenas por mim, o que mais custa é controlar o desperdício e a vontade de comprar já tudo feito (cozinhar para um é muito ingrato!). Acreditem, quando se vive sozinho é mesmo muito difícil controlar a vontade de mandar vir uma pizza ou passar e ir buscar um frango de churrasco...

Mas para tudo há técnicas de sobrevivência. Eu desenvolvi as minhas, que vou partilhar aqui como ponto de partida para refletir. A reflexão, que é o que a maioria das pessoas não pratica, é fundamental para qualquer ferramenta da poupança adaptada à nossa realidade pois o que é bom para o meu vizinho, pode não ser bom para mim. Há que tirar ideias da internet, sim, mas não levar tudo à risca porque acabamos por desistir por ser demasiado exigente...

Primeiro: não consigo fazer menu semanal. Tentei, confesso, mas para mim não deu! 
Assim sendo, de manhã decido o que vai sair para o jantar desse dia e tiro do congelador.
Tenho sempre mercearia variada (tomate pelado, massas, arroz, atum, cogumelos, milho, etc...) e sabendo que a base de todo o bom prato português é um bom refogado, tenho sempre cebolas, alho, azeite e louro. Desta forma estou preparada para esta versatilidade que obriga a falta de um menu semanal (e evito de andar sempre a comprar falhas)

Por exemplo, de manhã lembro-me... vou pôr a descongelar lulas. Chego à noite e faço um refogado, guiso-as na panela junto com umas batatas ou acompanho com arroz branco. Ou então grelho-as! (isto também me dá liberdade para ao longo do dia decidir como vou preparar a espécime que deixei a descongelar).

Faço sempre comida para 2 ou mais vezes: não fico preguiçosa para cozinhar, economizo tempo e electricidade! Antes levava para o almoço do dia seguinte com outro acompanhamento. Por exemplo, pegando no caso das lulas: se à noite comia com batatas, fazia um arroz branco para levar. Como agora vou almoçar a casa dos meus pais que é perto do meu novo emprego (melhor presente que o universo me deu!) janto dois dias seguidos o mesmo à noite e/ou congelo refeições individuais para aqueles dias em que a meio da manhã me lembro: "Xiiiii! Não deixei nada a descongelar para o jantar!!" (e são bastantes dias destes!). Para estas refeições comprei umas caixinhas pequeninhas para congelar individualmente. Com estas medidas evito gastar dinheiro mal gasto em alimentação pré-cozinhada, take-away e restaurantes pois mesmo que me esqueça de por algo para preparar ou a perguiça grite muito alto, tenho as caixinhas no congelador.
(NOTA: nunca acumular muitas caixinhas no congelador. Tento que não fiquem lá mais que 1 mês)

Quanto ao que cozinho, baseio muito a alimentação em carne de aves e peixe (daquele ultracongelado em alto mar).  As minhas escolhas recaem nestes alimentos por uma questão de saúde (as carnes brancas e os peixes fazem muito bem) e por uma questão de €€€ (as carnes brancas são mais baratas e dinheiro para peixinho fresco só quando há promoções). Tento sempre olhar para o que compro e pensar em quanto me ficará o peixe/carne por refeição: se passar muito o 1 € / 1,5 € tento arranjar alternativas. 

Abuso dos legumes e da fruta nas refeições e como sabem são muito caros. Neste ponto conto com duas alternativas: a mini-horta dos pais (mas tenho que me limitar ao que têm e quando têm - se é época da couve, tenho que andar 1 mês a comer couve quando as há... :P ) ou então o mercado! Não compro legumes ou fruta em supermercados: são muito (mesmo muito!!!) mais caros e a qualidade (e durabilidade) não é nada por ali além.  Tenho mercado na minha cidade aos sábados de manhã e é aí que me abasteço. Opto quase sempre pelas lavradeiras (aquelas bancas que normalmente estão no inicio dos mercados com pessoas que vivem da terra e vão vender as coisas ali) pois, embora os alimentos possam não ser tão bonitos, sabem a caseiro e são muito mais em conta. E ao fim de alguns anos a comprar sempre aos mesmos, volta e meia há uns mimos da parte dos vendedores! ;)

Há muito mais por dizer, mas o post já parece um testamento... Se tiverem alguma curiosidade, perguntem! ;)



3 comentários:

  1. Bom, confesso que aqui a minha experiência se baseia naquilo que vejo a minha mãe fazer: por exemplo o jantar é sempre sopa e mais alguma coisa: uma sandes, uma fatia de quiche, coisas do género...
    Depois no inverno, sobretudo, aos domingos apostamos em comfort food do género feijoada, salada de grão, empadão... comida que se faz uma vez e em quantidade e depois eu já tenho almoço para o resto da semana.
    Temos a vantagem de lá em casa não nos importarmos de repetir a mesma refeição várias vezes e isso acaba por ajudar a poupar.
    Um dia quando tiver a minha também tenciono aplica-los.

    :-)

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  2. É uma grande vantagem! Como sou só uma também o posso fazer sem grandes queixumes, mas não gosto de comer mais do que 2x seguidas a mesma coisa. Vá, no máximo 3, se for uma situação bem negociada com a minha preguiça! :)
    Por isso congelo (principalmente carne: no forno, estufada, moelas, etc...).

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  3. Como se costuma dizer, no poupar é que está o ganho!

    http://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/

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