quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Electricidade - conta certa

Não me dou com a conta certa da EDP ou de outro operador e prefiro sempre dar a contagem.
Acho bastante prático. Tenho um lembrete no telemóvel e dou sempre a contagem a tempo. Embora digam que dê para o fazer pela internet e até o tenha feito inicialmente, nunca me validaram as contagens a tempo e acabei por deixar um serviço oferecido que não funcionava e passar a fazer tudo pelo telefone (chamada grátis).

Entendo que algumas pessoas não o achem prático, ou porque se esquecem, ou porque não lhes fica à mão, etc... Para as pessoas que aderem à conta certa por uma questão de ser prático fica o conselho que já dei a imensa gente que mais tarde me veio agradecer: no inicio do ano, quando vem o acerto (normalmente ENORME!) e vem a nova estimativa façam vocês as vossa contas.

12 meses x € pagos/mês (factura conta certa) + acerto e dividam por 12 meses. 
Arredondem para cima! 

Assim, têm a vossa própria estimativa que podem alterar com uma simples chamada para a linha que eles indicam na factura.

Por exemplo, uma casa onde a conta certa foi 43 euros em 2014 e pagaram 125 euros de acerto no final do ano. A EDP sugere nova conta certa em 2015 de 49 € mensais.
Contas:
(43 x 12) + 125 = 641 € de luz anual
641 / 12 meses = 53,4 €/mês
Arredondando dá 55 € luz por mês.

Aconselho sempre a arredondar 2 ou 3 € para cima pois a electricidade pode ficar mais cara, pode haver um pequeno derrapanço um mês ou outro e assim estas e outras situações menores estão contempladas.

Feito desta forma, e mantendo os vosso hábitos de consumo, é muito pouco provável que tenham de pagar acerto no final e até pode ser que recebam algum. Bem sei que são 6 € que pagam a mais por mês, mas no final do ano sabe bem não pagar acerto.  :)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Poupar na alimentação


Depois de ler no blog da Ariana que este tema preocupava muita gente, decidi também eu falar um pouco da minha experiência...


A alimentação traz gastos inevitáveis a todas as famílias (ou pessoas a solo). Para já, não vou falar de como aproveitar promoções no supermercado, vou falar antes de hábitos.

Como o meu agregado familiar é constituído apenas por mim, o que mais custa é controlar o desperdício e a vontade de comprar já tudo feito (cozinhar para um é muito ingrato!). Acreditem, quando se vive sozinho é mesmo muito difícil controlar a vontade de mandar vir uma pizza ou passar e ir buscar um frango de churrasco...

Mas para tudo há técnicas de sobrevivência. Eu desenvolvi as minhas, que vou partilhar aqui como ponto de partida para refletir. A reflexão, que é o que a maioria das pessoas não pratica, é fundamental para qualquer ferramenta da poupança adaptada à nossa realidade pois o que é bom para o meu vizinho, pode não ser bom para mim. Há que tirar ideias da internet, sim, mas não levar tudo à risca porque acabamos por desistir por ser demasiado exigente...

Primeiro: não consigo fazer menu semanal. Tentei, confesso, mas para mim não deu! 
Assim sendo, de manhã decido o que vai sair para o jantar desse dia e tiro do congelador.
Tenho sempre mercearia variada (tomate pelado, massas, arroz, atum, cogumelos, milho, etc...) e sabendo que a base de todo o bom prato português é um bom refogado, tenho sempre cebolas, alho, azeite e louro. Desta forma estou preparada para esta versatilidade que obriga a falta de um menu semanal (e evito de andar sempre a comprar falhas)

Por exemplo, de manhã lembro-me... vou pôr a descongelar lulas. Chego à noite e faço um refogado, guiso-as na panela junto com umas batatas ou acompanho com arroz branco. Ou então grelho-as! (isto também me dá liberdade para ao longo do dia decidir como vou preparar a espécime que deixei a descongelar).

Faço sempre comida para 2 ou mais vezes: não fico preguiçosa para cozinhar, economizo tempo e electricidade! Antes levava para o almoço do dia seguinte com outro acompanhamento. Por exemplo, pegando no caso das lulas: se à noite comia com batatas, fazia um arroz branco para levar. Como agora vou almoçar a casa dos meus pais que é perto do meu novo emprego (melhor presente que o universo me deu!) janto dois dias seguidos o mesmo à noite e/ou congelo refeições individuais para aqueles dias em que a meio da manhã me lembro: "Xiiiii! Não deixei nada a descongelar para o jantar!!" (e são bastantes dias destes!). Para estas refeições comprei umas caixinhas pequeninhas para congelar individualmente. Com estas medidas evito gastar dinheiro mal gasto em alimentação pré-cozinhada, take-away e restaurantes pois mesmo que me esqueça de por algo para preparar ou a perguiça grite muito alto, tenho as caixinhas no congelador.
(NOTA: nunca acumular muitas caixinhas no congelador. Tento que não fiquem lá mais que 1 mês)

Quanto ao que cozinho, baseio muito a alimentação em carne de aves e peixe (daquele ultracongelado em alto mar).  As minhas escolhas recaem nestes alimentos por uma questão de saúde (as carnes brancas e os peixes fazem muito bem) e por uma questão de €€€ (as carnes brancas são mais baratas e dinheiro para peixinho fresco só quando há promoções). Tento sempre olhar para o que compro e pensar em quanto me ficará o peixe/carne por refeição: se passar muito o 1 € / 1,5 € tento arranjar alternativas. 

Abuso dos legumes e da fruta nas refeições e como sabem são muito caros. Neste ponto conto com duas alternativas: a mini-horta dos pais (mas tenho que me limitar ao que têm e quando têm - se é época da couve, tenho que andar 1 mês a comer couve quando as há... :P ) ou então o mercado! Não compro legumes ou fruta em supermercados: são muito (mesmo muito!!!) mais caros e a qualidade (e durabilidade) não é nada por ali além.  Tenho mercado na minha cidade aos sábados de manhã e é aí que me abasteço. Opto quase sempre pelas lavradeiras (aquelas bancas que normalmente estão no inicio dos mercados com pessoas que vivem da terra e vão vender as coisas ali) pois, embora os alimentos possam não ser tão bonitos, sabem a caseiro e são muito mais em conta. E ao fim de alguns anos a comprar sempre aos mesmos, volta e meia há uns mimos da parte dos vendedores! ;)

Há muito mais por dizer, mas o post já parece um testamento... Se tiverem alguma curiosidade, perguntem! ;)



quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Gestão do orçamento

Primeiro que nada, convém esclarecer que costumo receber sempre a dia 28/29, pelo que considero que o meu mês inicia dia 1.

Não me dou com dinheiro levantado e envelopes e essas coisas. Há muitos especialistas que dizem que quando pagamos em dinheiro nos apercebemos do que realmente custam as coisas e nos custa mais a gastar. Eu sou a excepção à regra: se gasto em dinheiro vivo, perco o controlo! Sendo assim, sou fiel seguidora do cartão.

Assim sendo, tenho uma folha de excel onde, no inicio de cada mês, escrevo as categorias que tenho falado anteriormente e o plafond destinado a todas elas. Depois é só ir fazendo contas de "sumir"... Os primeiros gastos do mês são sempre a poupança e o dinheiro para as contas não mensais (transferência ao dia 1), depois tenho a prestação, as contas, o supermercado, etc... vou fazendo a actualização do ficheiro (o que não me leva mais do que 1 minuto) e sei sempre quanto dinheiro posso gastar.
É muito simples porque, como sou adepta do cartão, aparece tudo descriminado no extracto online e é só fazer as contas de sumir. O dinheiro levantado é sempre para "dinheiro de bolso".


Exemplo hipotético:

MÊS FEVEREIRO - ordenado liquido 700 €
Supermercado 100 €
Prestação 100 €
Contas 100 €
Gasolina 100 €
Dinheiro de bolso 100 €
“Contas não mensais” 100 €
Poupar 100 €

Dia 1 - transferência para poupança (100 €) e "contas não mensais" (100 €)
Dia 3 - Ida ao supermercado (30 €) e levantamento 30 € no MB para "dinheiro de bolso"
Dia 7 - Gasolina (50 €)
Dia 10 - Prestação (100 €) e conta luz (50 €)
Dia 12- Calças novas (30€) e supermercado (15 €)
Dia 15 - conta internet (20 €)
....

A esta altura estaria assim:
Supermercado 100 € - 30 € - 15 € = 55 €
Prestação 100 € - 100 € = 0 €
Contas 100 € - 50 € -20 € = 30 €
Gasolina 100 € - 50 € = 50 €
Dinheiro de bolso 100 € - 30 € - 30 € = 40 €
“Contas não mensais” 100 € - 100 € = 0 €
Poupar 100 € - 100 € = 0 €

Assim sei sempre os plafonds disponíveis para gastar em cada categoria. E isto é importante porquê? ANTECIPAÇÃO!

Por exemplo, tenho um jantar marcado para dia 27 de Fevereiro e, se este caso fosse real, o plafond começaria a ficar escasso, portanto teria que limitar as cowboyadas no dinheiro de bolso para depois não ficar a comer atum em casa.
Outro exemplo de cenário, veio a conta da água e este mês foram 40 €. Uiiiii.... extrapolei o plafond! Não há problema! Hipóteses: ou tenho gasolina suficiente e "roubo" desta categoria, ou até tenho a despensa carregadinha e posso ir buscar ao plafond do supermercado ou, em último caso, aperto no "dinheiro de bolso".

Relativamente à categoria "dinheiro de bolso" uso um pequeno truque que é: gaste por último. Normalmente divido o dinheiro desta categoria pelos dias do mês, mas não gasto nada nos primeiros 7 para poder fazer face a um pequeno deslize como uma conta luz mais elevada, um medicamento inesperado, etc. Na última semana do mês tenho o plafond em duplicado e, se não foi necessário par amais nada, já tenho o meu pequeno luxo: um jantar fora, ou um vestido novo, ou um livro! :) Assim faço ao contrário dos demais assalariados: ando "tesa" no inicio do mês ao invés de no fim. :)

Atenção: este método não é válido para os deslizes grandes. Quando esses existem (lagarto, lagarto, lagarto) tenho que recorrer ao dinheiro poupado para esse fim.

Beijinhos e boas contas!


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Balanço semanal

Esta semana estiquei-me no supermercado, mas foi por uma boa causa. Há feira de vinhos no Continente e quis aproveitar as promoções para repor a garrafeira cá de casa. Como este mês era o mês do "não compra, gasta o que tens na arca e despenseiro", tinha folga orçamental nesta categoria e ...pumba! :)

Fui atestar o depósito noutra bomba porque acho que a Galp (principalmente as que estão ao pé dos supermercados) andam a enganar o povo. Não querendo levantar falsas calúnias, fui atestar às bombas onde costumava atestar antes. Daqui a +- 3 semanas terei o veredicto.

Mudei para o Casa 10 da EDP. Andei a verificar e era o que me compensava mais: já sou EDP e, embora tivesse que assinar outro contrato e outra autorização de débito directo, não há a balbúrdia de interrupção do fornecimento (nem notei a mudança), além disso tenho 10% de desconto na taxa e na energia gasta (em vez dos 2% que tinha), portanto parece-me muito bem. Fiz a mesma mudança na casa dos meus pais no dia 10 e até agora não me apareceu o contrato para assinar... Liguei para a linha de apoio e dizem que está tudo atrasado com o aproximar do final do prazo, sendo que o melhor era guardar o e-mail de comprovativo de pedido de adesão como prova que o tinha feito antes da data e eles é que não despacharam a coisa. Estou para ver se ainda me vou chatear com isto... humpf...

Hoje vou com a bicheza a outro veterinário. Vou experimentar um outro que é mais em conta e tenho possibilidade de marcação de consultas (no anterior era o "Deus nos acuda"). além disso, neste novo tenho a possibilidade dele ser seguido sempre pelo mesmo doutror, o que para mim também é muito importante.


E hoje é Dia dos Namorados. É um dia fofinho e tal, mas conheço tantas pessoas que se dão tão mal o ano inteiro e neste andam a pavonear-se como se fossem o casal perfeito. acho que muitas pessoas pensam que é o dia de se mostrar ao mundo o quanto somos felizes. Não há necessidade... Isto, juntando ao facto que os restaurantes arrancam-nos a carteiras neste dia faz com que um jantarzinho em casa seja a melhor opção! ;)


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ready, set, go!!

Para ter a noção de todos os gastos mensais há que apontar todas as despesas: num bloco, numa agenda, guardar talões e papelinhos, no computador... O que importa é apontar TUDO! 



Eu optei por usar uma aplicação (tão moderna que eu estou, pá! :p)
Chama-se HandWallet Expense Manager e é grátis. Depois de experimentar alguns este foi o que achei mais adequado ao fim que queria. Juntando isto à combinação de ser grátis, em português, intuitivo e sem ligação à net fez as maravilhas durante 2 ou 3 meses. Foi aí que tomei consciência da quantidade de dinheiro gasto em porcarias, principalmente na categoria supermercado (supérfluos) e dinheiro de bolso (principalmente jantares e saídas nocturnas!).
Depois foi criar metas para cada categoria e ir ajustando à realidade, pois de nada vale traçar um orçamento super hiper mega lindo e poupado e depois aguentá-lo apenas 1 ou 2 meses... É necessário ter escapes, sendo que este depende da carteira de cada um: para uns pode ser um chá com as amigas ou uma revista, para outros um jantar, para outros uma roupa nova, etc... Atenção que o escape é mensal; não se estiquem ;)

O primeiro passo é mesmo este: ficar escandalizado com a % do nosso orçamento que vai para parcelas que poderiam ser muito bem menores sem que sejamos necessariamente infelizes ou passemos necessidades.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Poupar!

A poupança existe sempre associada ao meu orçamento doméstico.

Nesta parcela já tive as mais variadas somas. Quando comecei a trabalhar nem me preocupei muito com isso... vivia com os meus pais, não tinha preocupações e o dinheiro foi-se juntando naturalmente (uns meses mais do que outros) sem me privar de nada. Quando decidi que queria construir uma casa para mim, aí comecei a esticar (de uma maneira que nem vos conto!!!) Poupava tudo o que conseguia. Foram 4 anos duros da minha vida: tinha o trabalho a tempo inteiro (com mais umas valentes horas extra não remuneradas pelo meio), e arranjei sempre mais um part-time (fui porteira num bar, fiz auditorias para um shopping, fiz promoções,....). Foi nessa altura que amealhei algum dinheirinho para começar a dar forma ao meu sonho :)

E hoje? Hoje a casa está feita (mas precisa de ser paga! :p), mas precisa ainda de muitas coisas: acabar a churrasqueira, fazer o caminho desde a estrada até casa, arranjos exteriores, candeeiros, cortinas, decoração,... ufa!!). Além disso gosto de viajar. Não viajo tudo o que gostaria (por mim estava sempre a laurear a pevide), mas vou fazendo umas passeatas. Também gosto de estar actualizada profissionalmente e por isso, volta e meia faço umas formações.

Isto é tudo muito bonito, mas custa tudo muito caro! Como faço a poupança?

1) Como já expliquei anteriormente o meu subsidio de natal e férias, assim como qualquer dinheiro extra como o reembolso de IRS (caso exista), vai direitinho para a poupança.

2) Além disso tento (e digo bem tento porque nem sempre é possível) poupar 5% do meu salário todos os meses. Poderá não ser muito e os "especialistas" aconselham mais, mas cá por casa as especialistas somos nós e cada um sabe de si! ;)

3) Chamo-lhe "os trocos que deixei de gastar"... Se por acaso estou muito mole e não me apeteceu sair para lanchar com os amigos, ou até resisti e não comprei aquela revista na caixa do supermercado, coloco esses trocos num mealheiro "de sonho".

E agora... O dinheirinho está de parte, como faço para o gastar racionalmente?

1) Parte do dinheiro da poupança vai directamente para uma viagem (daquelas pequeninas, aqui a um vizinho europeu). Uma vantagem de estar a solo nesta luta: só pago por um! :)

2) Tento fazer algumas formações. Nada de muito caro e se der para pagar às prestações até o tento fazer com o dinheiro do mês (não poupando os tais 5%).

3) O restante vai para projectos para a casa; se tenho um projecto maior que me leva muito capital, junto e faço no ano seguinte (de frisar que tenho um plano a 3 anos para os pequenos projectos cá por casa, porque este cash, juntamente com o da viagem anual dá origem a um objectivo concreto e realista pelo qual lutar).

3) O mealheiro, que só dá para abrir com um abre-latas, quando estiver cheio de moedinhas (tento pôr apenas de 1 e 2 €) vai para abate e o recheio vai direitinho para uma "viagem de sonho". Daquelas de pôr as finanças pelas ruas da amargura e a alma iluminada e sorridente. É o meu presente à frugalidade: poupar para o que realmente me faz feliz! E viajar certamente faz feliz qualquer um! :)
Este que tenho por cá será muito certamente para Nova York ou Polinésia Francesa :) Mas ainda está no início...

É como dizem:

O SONHO COMANDA A VIDA!


domingo, 8 de fevereiro de 2015

Contas não mensais

Todos nós temos as contas não mensais que deixamos descansadinhas lá no sítio delas até que aparece o mês em que temos de pagar... Tragédia!!!! E depois no mês seguinte outra conta e passados dois meses outra... Não saímos da cepa torta...

Fiz o esforço e adaptei o meu orçamento a esta realidade, ou seja, todos os meses tiro uma parcela pré-estipulada para fazer face a estas despesas quando surgem (e conta como uma despesa fixa).

Aqui englobei parcelas tão variadas como:

- Carro - seguro (dividir valor por 12 meses), inspeção (dividir valor por 12 meses), selo (dividir valor por 12 meses), manutenções simples (dividir valor por 12 meses) e pneus (dividir valor por 48 meses). Excluí outras reparações, porque essas não são programadas e entram no fundo emergência/poupança.

-Animais - veterinário (dividir valor por 12 meses), ração (a bicheza come uma ração veterinária especial que mando vir em grande quantidade de Espanha pela internet pois sai muuuuito mais barato; mando vir esta ração +- de 8 em 8 meses). Excluí consultas de urgência ao veterinário porque, mais uma vez, é uma despesa que não é certa e não programada.

- Saúde - consultas a especialista (tenho uma condição médica que me obriga a fazer consultas particulares de 6 em 6 meses e a tomar alguma medicação, divido o valor por 6 meses) e outras consultas (tirando a condição anteriormente falada, não sofro de grandes males, mas mesmo assim ponho um pouquinho de lado todos os meses para o dia em que adoeça e necessite de alguns cuidados)

- Casa - IMI (dividir valor por 12 meses) e seguro de recheio de casa (é anual, divido por 12 meses)

- Lenha - como tenho recuperador de calor em casa, todos os Verões compro lenha para o Inverno seguinte. Para fazer face a esta despesa ponho sempre algum de lado todos os meses.

Cada caso é um caso e temos que adaptar esta estratégia à nossa realidade. Para quem tem filhos, contar com material escolar, por exemplo; para quem tenha aquecimento eléctrico, colocar algum dinheiro de parte no verão/primavera para fazer face às elevadas facturas nos meses mais frios, etc...

Em suma, façam uma retrospectiva ao ano anterior e vejam quais são as despesas fixas não mensais que têm. Dividam cada uma dessas despesas pelo numero de meses que têm para poupar para ela (material escolar é uma compra anual, divide por 12, mas um seguro que seja pago semestralmente já divide só por 6). Assim obtém o valor mensal de cada despesa e, se possível, deverão colocar esse dinheiro de parte.

Sei que não é fácil, já passei pela parte da negação "é impossível, o magro salário não estica, não consigo, tenho a casa para sustentar...". Reduzi as despesas mensais ao máximo (principalmente as lúdicas e as supérfluas...) e tive de reduzir a poupança mensal para conseguir pôr este dinheiro de parte. Mas compensa. Sei que o meu rendimento faz face a todas as despesas fixas (mensais e não mensais). Sei que a poupança anual pode não ser muita, mas sei que qualquer dinheiro extra (seja um prémio, um subsidio, reembolso de IRS) será sempre para a "poupança"/realização de sonhos. E isso deixa-me mais descansada. Vem aí Março e o pagamento do seguro do carro, inspecção e selo, mas estou tranquila: já tenho tudo de parte! :)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dinheiro de bolso

Nesta categoria incluo todos os gastos pessoais: um café, um jantar fora, roupa, cabeleireiro, uma saída com os amigos, cinema, etc...

Esta categoria era o meu grande calcanhar de Aquiles. E digo "era" porque sinceramente acho que está mais controlada (se bem que quando alguma coisa derrapa, é aqui!).


Antigamente não controlava: saía todos os finais de semana, jantava fora, comprava roupa sem olhar a preços ou necessidades, amontoava os livros que comprava sem lhes dar vazão, etc.. 

Agora tenho a coisa mais controlada: tenho um limite de 1 jantar fora por mês e obrigo-me a cumprir. Eu e os meus amigos tentamos fazer alguns programas indoor (ora em casa dum, ora em casa doutro), nem que sejam só uns aperitivos e uma cervejinha ou um chá e pôr a conversa em dia.
Passei a fazer mais actividades culturais gratuitas ou com preços simbólicos, como música ao vivo, circuitos organizados pela câmara municipal, exposições, apresentações de livros, etc... Para o cinema compro, quando aparecem, aqueles bilhetes mais baratos nos sites da groupon ou similar. Livros compro sempre que necessito e nas promoções online na fnac ou promoções do supermercado (tento manter apenas 3 livros por ler no meu "stock").
Quanto à roupa, tento comprar muito mais em saldos e outlets. Passei a comprar muito mais qualidade do que quantidade (até porque tinha o closet cheio de porcaria que nem usava).
Relativamente a cuidados de princesa, só vou ao cabeleireiro cortar (e ainda vou à minha cabeleireira de bairro que é um amor e é baratinha, baratinha), depilação e tratamentos ao cabelo faço em casa, e não pinto as unhas, nem tenho pestanas postiças nem nada disso.

A gestão que faço destas actividades é não comprar tudo no mesmo mês! Um mês vai para roupa, outro para livros, etc... Prefiro gastar menos e mais controladamente nestes caprichos do dia-a-dia (pelo menos para mim são) e ter algum dinheiro para o que realmente me faz feliz, como por exemplo um upgrade na minha casa (ainda me falta a bancada na churrasqueira, o caminho pavimentado, arranjar o jardim, cortinados, ufaaa....) ou viajar (adoro, adoro!!). Adoro fazer planos a médio prazo e poupar com objectivos (neste momento tenho projectada uma viagem para a Páscoa e colocar o lancil para o caminho até ao Verão).

Por fim, resta dizer que faço a  gestão a este dinheiro por dia, ou seja, divido o plafond disponível pelo número de dias do mês. Assim sei que, se quero ir ao cabeleireiro, por exemplo, tenho que andar uns dias sem gastar para poder ir. Cá em casa é assim: ditadura auto-imposta! :)


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Gasolina

Como costumam dizer, quase que pagamos para poder trabalhar.

Aplico este dizer ao que gastamos em gasolina. Não tenho transportes públicos que me levem ao local de trabalho, mas também não me considero uma desgraçada porque até moro relativamente perto. Além do trajecto para o trabalho, vou almoçar a casa dos meus pais: gasto na gasolina, mas poupo muuuuito na alimentação. Feitas as contas faço cerca de 25/30 km por dia mais as saídas de fim-de-semana. Ponho de parte todos os meses 90 € para esta despesa. Há meses que não gasto tanto mas guardo para os outros que gasto mais...

Na estrada tento fazer uma condução decente. Nem sempre é fácil, mas tento manter a calma, antecipar travagens, não andar a velocidades elevadas, etc... Tenho uma desvantagem: como os trajectos que normalmente faço são curtos, o carro nem chega a aquecer e trabalha só naquela fase que gasta um pouquinho mais. Além disso, com o tempo, fica um pouco "entupido" e começa a soluçar e a consumir mais. Por conselho do mecânico, volta e meia lá ponho o aditivo na gasolina e faço uns trajectos maiores para aquecer e depois puxar pelas rotações do motor.

Quanto à gasolina, costumava colocar gasolina numa bomba self-service da repsol onde a gasolina era ao preço das low-cost, mas agora mudei de trabalho e deixei de passar por essa bomba e comecei a abastecer na galp com cupões do continente. Mas ando desconfiada! Muito desconfiada!!! É que desde que comecei a abastecer lá, gasto muito mais gasolina... algo se passa... Acho que vou passar na bomba antiga para abastecer e tirar algumas conclusões.